Você se lembra de quando o PIX foi anunciado e lançado? Era esperado que ele se tornasse um dos principais, senão o principal, meio de pagamento do Brasil em pouco tempo? A resposta fica a critério de cada um, mas a certeza é que o PIX, de fato, virou o sinônimo para pagamento instantâneo, rápido e facilitado.
Se no início, houve alguma desconfiança e surgiram diversos rumores sobre possíveis taxas ou não-adoção por instituições bancárias, por diversos motivos; atualmente, o PIX é quase uma necessidade para qualquer pessoa que tenha conta virtual. E se formos falar sobre lojistas e empresas com operação de e-commerce, ele se tornou uma carta na manga.
Aliás, você sabia que se espera que o PIX ultrapasse o cartão de crédito em pagamentos de e-commerce já em 2027? Sim, segundo dados do “The Global Payments Report 2024”, essa é a realidade esperada para o meio de pagamento, que se encontra na categoria A2A (account to account).
Como uma mudança drástica no cenário financeiro brasileiro, o PIX foi anunciado no início de 2020 e entrou em operação em novembro de 2020. Apesar de nomes bancários serem siglas ou termos com alguma explicação, PIX é um nome inventado pelo Banco Central para representar transações e pagamentos instantâneos, sendo realmente apenas uma marca e não uma sigla.
Sua operação ultrapassou rapidamente os métodos tradicionais, como TED, DOC e boletos bancários. Aliás, falando em DOC, o PIX acabou extinguindo-o em 2024, assim como o TEC. Ambos foram abandonados aos poucos e o Banco Central optou por encerrá-los.
Não é difícil de imaginar o porquê: disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, permitindo transferências em questão de segundos. E o melhor: com uma forma facilitada de transferência por meio de e-mail, CPF, número de telefone ou chave aleatória, não necessitando de diversos dados como anteriormente.
Somando-se a isso, ainda existe a questão do valor, isto é, o PIX é gratuito e não parece que vá mudar de característica em breve.
Integrar o PIX como forma de pagamento em um e-commerce é uma estratégia altamente vantajosa no Brasil, e não precisamos ir muito fundo para explicar o motivo disso. É possível ver nos mais de 150 milhões de usuários do método de pagamento em todo o país e no volume que movimentaram apenas em 2023 (mais de R$ 15 trilhões).
Aliás, você sabia que o PIX já é o segundo método mais utilizado em e-commerces no Brasil? Dados da “The Global Payments Report 2024”, que citamos acima, apontam que ele já representa 30% das transações em e-commerce no Brasil e espera-se que ele se torne a primeira até 2027, superando o atual líder, o cartão de crédito.
Mas não apenas pelo volume e pelos usuários, mas também pela agilidade nos pagamentos por pessoas que não utilizam cartões físicos ou que sequer possuem cartões de crédito. Logo, o pagamento instantâneo se torna uma opção bastante interessante para estes usuários.
Pelo lado do lojista e das empresas, as taxas para PIX costumam ser menores que as taxas dos cartões e também dos boletos, mesmo em operadores de pagamento diferentes. Soma-se a isso o recebimento mais rápido do pagamento em muitos casos, enquanto no cartão de crédito o recebimento pode ser demorado ou ser por etapas.
E não existe mais dificuldade em oferecer o PIX nas lojas virtuais. Diversos aplicativos e integrações, como as disponíveis dentro da Shopify, permitem o pagamento para compras de diversos segmentos. Além disso, algumas plataformas já permitem novidades como o Pix Parcelado, entre outras funções.
Isto é, toda empresa que deseja vender e crescer o seu desempenho precisa contar com o método de pagamento.
Um dos motivos pelos quais a forma de pagamento é tão popular e adorada pelo público brasileiro é a sua constante evolução. Em pouco tempo desde a implementação, diversas novidades foram desenvolvidas para garantir mais segurança para as transações, assim como melhores condições.
Por exemplo, já há algum tempo existe o PIX parcelado direto nas instituições bancárias. Ao custo de um percentual sobre o valor total, os bancos permitem parcelar o PIX com um desconto sobre vários meses. Em outros casos, algumas instituições também permitem o pagamento do PIX dentro da fatura do cartão de crédito.
Mas as novidades principais vêm do Banco Central, que ainda não anunciou oficialmente o PIX parcelado, por exemplo.
Algumas novidades que devem surgir nos próximos meses oficialmente são:
Forma de pagamento em regiões sem conexão direta com a internet ou com dificuldades de acesso. Isso permite o pagamento para o posterior desconto na conta, otimizando o processo nesses locais.
Modalidade que permite a recorrência em transações via PIX. Isto é, chega de precisar pagar todo mês uma mesma compra ou serviço. Ela pode ser feita via PIX em um dia específico de forma automatizada. Excelente para serviços e também para produtos com recompra.
Como o meio de pagamento já foi desenvolvido com base em padrões internacionais de comunicação, espera-se que em pouco tempo seja possível enviar recursos para fora e pagar via PIX.
Forma de pagamento para turistas visitando o Brasil, o Pix roaming é uma medida própria de instituições bancárias e não tem a ver com o Banco Central. Ele permite o uso de carteiras virtuais para o pagamento em PIX no território brasileiro.
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